segunda-feira, 23 de junho de 2008

Deus...Existe??? desde quando ?



PERGUNTA Um amigo ateu me perguntou de onde Deus surgiu para depois criar o mundo. Gostaria de saber com referências bíblicas.

RESPOSTA: Prezada D., algum tempo atrás escrevi um artigo intitulado “A Terra dos Planos” (ele está aí, logo abaixo). Nele, argumento que há certas questões que devemos aceitar pela fé (veja Hebreus 11:1). Tentar sondar as realidades divinas com nossa mente finita, é como tentar medir estrelas com fita métrica. O matemático austríaco Kurt Gödel já havia demonstrado que nenhum sistema de pensamento, mesmo científico, pode ser legitimado por qualquer coisa dentro do próprio sistema.
Faz-se necessário sair de dentro do sistema e contemplá-lo de uma perspectiva mais ampla e diferente a fim de avaliá-lo, coisa que nenhum ser humano pode fazer, já que faz parte, está imerso nesse sistema.
Assim, algumas perguntas se impõem: Como se pode sair de um sistema para uma estrutura de referência mais ampla quando o próprio sistema se arroga abranger toda a realidade? O que acontece quando atingimos as margens do Universo? O que há além? Se houvesse uma estrutura de referência mais ampla a partir de onde julgá-lo (talvez Deus), então o próprio sistema não seria todo-abrangente, como o materialismo científico muitas vezes alega.
Somos seres finitos, limitados; mal compreendemos assuntos como a física quântica, por exemplo, e temos a pretensão de compreender como é o Criador... A Bíblia revela o suficiente sobre Deus para ser apreendido pelos seres humanos. Leia o artigo abaixo e tire suas conclusões.
A Terra dos Planos Imagine um país estranho onde todos são perfeitamente planos. Chamemo-lo de Terra dos Planos.* Alguns de seus habitantes são quadrados, outros, triângulos, alguns possuem formas mais complexas. Correm para dentro e para fora de suas construções planas, ocupados com seus afazeres e brincadeiras planos. Todos na Terra dos Planos têm largura e comprimento, mas não altura. Sabem sobre esquerda e direita, para frente e para trás, mas nenhuma idéia, ou remota compreensão, sobre em cima e embaixo.
Toda criatura quadrada na Terra dos Planos vê outro quadrado meramente como um pequeno segmento de reta, o lado do quadrado mais próximo dela. Ela pode ver o outro lado do quadrado somente se caminhar um pouco. Mas o interior do quadrado é sempre misterioso.
Um dia, um ser tridimensional (digamos, uma esfera) chega à Terra dos Planos e anda a esmo por lá. Procurando companhia, entra na casa plana de certo quadrado e, num gesto de amizade interdimensional, diz: “Olá! Sou um visitante da terceira dimensão.” O infeliz quadrado olha a sua volta e não vê ninguém. Talvez ele esteja realmente muito cansado e precisando de umas férias. A esfera resolve, então, descer à Terra dos Planos. Mas um ser tridimensional pode existir somente em parte na Terra dos Planos; pode ser visto dele somente um corte, somente o ponto de contato com a superfície plana daquela terra.
À medida em que a esfera desce, o quadrado vê um ponto aparecendo no quarto fechado de seu mundo bidimensional e lentamente crescer, transformando-se em círculo. Um ser estranho que, para o quadrado, surgiu de algum lugar. Se a esfera resolvesse erguer o quadrado, o que aconteceria? O quadrado não conseguiria entender nada: seria algo totalmente fora de sua experiência.
Muitas vezes nos assemelhamos ao quadrado bidimensional desta alegoria. Ignoramos – deliberada ou inconscientemente – aquilo que não podemos ver ou tocar. E é normal que resistamos à realidade de nossa limitação física, intelectual e espiritual. Quantas vezes já não nos perguntamos: Como é Deus? Como Ele pode ser eterno, sem fim nem começo? Como a Divindade pode ser três Pessoas? Por que Deus criou Lúcifer se já sabia que ele iria se rebelar? Mas é justamente nesses momentos que precisamos aceitar o que disse Moisés: “Há coisas que não sabemos, e elas pertencem ao Eterno, o nosso Deus; mas o que Ele revelou ... é para nós e para os nossos descendentes.” Deut. 29:29 BLH. Na verdade, “pode ser inofensivo pesquisar além do que a Palavra de Deus revelou, se nossas teorias não contradizem fatos encontrados nas Escrituras”. – Patriarcas e Profetas, pág. 39.
O problema reside em dedicarmos mais tempo às especulações do que a leitura da Bíblia, daquilo que está claramente revelado. Precisamos aceitar que Deus é infinito (“multidimensional”), e que uma das maiores “dificuldades” com as quais Ele se depara é a tentativa de Se revelar a nós, seres humanos finitos.
“Os mais poderosos intelectos da Terra não podem compreender a Deus. Se de fato Ele Se revela aos homens, é envolvendo-Se em mistério. Seus caminhos estão fora da possibilidade de serem descobertos.” – Mensagens Escolhidas, vol. III, pág. 306. No entanto, nas palavras de Víctor Hugo, “Deus é o invisível evidente”. Cristo (semelhança da Bíblia), sem dúvida, foi o grande milagre da revelação. Jesus Se “esvaziou” (Filip. 2:7), tornou-se “plano” para revelar o Deus multidimensional à s criaturas dimensionalmente limitadas deste mundo. Sua vida e ensinamentos são a maior e mais completa revelação do infinito; e são o suficiente para nos garantir a vida eterna e o acesso futuro às realidades que “os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram”. I Cor. 2:9. “O céu e o Céu dos céus” não podem conter a Deus (II Crôn. 2:6; 6:18).
Ele é infinitamente maior do que tudo que podemos imaginar. Nossos conceitos humanos, nossas leis científicas e conjecturas não se aplicam às realidades divinas. Aceitemos, pois, aquilo que nosso maravilhoso e Todo-Poderoso Deus achou por bem revelar (suficiente para termos um vislumbre de Seu imensurável amor), e aguardemos ansiosos aquele dia bem-aventurado da volta de Cristo.
Aí, sim, habitando uma Terra recriada e libertos das maiores limitações humanas – o pecado e a mortalidade – seremos capazes de vislumbrar dimensões até então inimagináveis e poderemos obter respostas às nossas mais profundas inquietações – com o próprio Criador do Universo!
Mas não se esqueça: primeiro é preciso chegar lá.