segunda-feira, 23 de junho de 2008

Ambiente planejado

Algum tempo atrás recebi um e-mail da leitora.

Vanessa Catilho, de Blumenau, SC, chamando atenção para uma matéria veiculada no programa Fantástico do dia 28 de janeiro. A reportagem falava sobre o estado caótico dos mares da Austrália e que as algas não estão conseguindo sobreviver, estão mudando de cor (ficando esbranquiçadas, enquanto que anos atrás eram muito coloridas), pelo seguinte motivo: a mudança do pH da água (muito ácido, atualmente, devido ao desequilíbrio ambiental).



Vanessa diz que ficou “matutando” a respeito disso, e concluiu: “Como seria possível que em um meio precário (mais básico ou mais ácido) esses e outros organismos pudessem ‘evoluir’? Se as algas não conseguem, hoje, sobreviver naturalmente com essas mudanças, como pode alguma coisa ter dado certo num mundo onde nada estava ‘programado’ para existir? Pelo que acho, se elas não conseguem sobreviver hoje, significa que não vão evoluir, se adaptar ao meio, tal como não evoluíram. Concluo, então, que foram criadas.





Significa que a própria natureza, aquela que teria dado origem a tudo, não tanta capacidade para se regenerar. Acho que o mundo está rumando para o fim, de acordo com o que Jesus disse: ‘Eis que crio novos céus e nova Terra... as primeiras coisas já passaram... e o mar já não existe.’” E ela termina: “Se o pH precisa ser absolutamente exato para que as algas sobrevivam, então, Alguém deve ter estabelecido essa precisão para que elas pudessem se desenvolver e sobreviver.”


Obrigado e parabéns, Vanessa, por ousar pensar de forma diferente.

O Nascimento do universo


Não é novidade a falta de critério de algumas publicações quando o assunto é a controvérsia entre o Cristianismo e a Ciência Naturalista.


[1] O que avulta é o destaque que as reportagens sobre essa controvérsia (que, mormente, são tendenciosas a favor de uma concepção evolucionista de origem da vida) vêm ganhando. A revista Veja, que já teve diversas reportagens contestadas por criacionistas e proponentes do design inteligente, abre mão da objetividade e do dever de informar para aumentar os preconceitos existentes em relação aos postulados tanto do Criacionismo (de viés filosófico) quanto do Design Inteligente (de caráter científico)


[2], quando dedica, em sua última edição, diversas páginas a promover deliberadamente o avanço da ciência como estando próximo de prover uma explicação definitiva da origem da vida.Iremos discutir, de forma sucinta, algumas declarações feitas no primeiro dos artigos públicados pela Veja, intitulado “No início era…”


[3] O próprio título evoca a expressão que abre o livro bíblico de Gênesis. Adiante, complementando a frase, o articulista segue de forma presunçosa: "...um ponto minúsculo que concentrava toda energia do cosmo. Tentar entender como daí nasceu o Universo levou a humanidade à sua mais extraordinária aventura intelectual, que chega ao ápice neste mês."


[4]A forma de apresentar os pressupostos científicos sem qualquer questionamento, como se fossem verdade comprovada e inquestionável, desconsidera o que o físico brasileiro Marcelo Gleiser já fez notar, quando afirmou: "Um dos meus objetivos é aproximar da nossa vida a ciência, mostrando como ela é produto do ambiente cultural e emocional em que é criada."


[5] Em outros termos: assim como os demais ramos do conhecimento humano, a ciência também é afetada pelos pressupostos dos que estão envolvidos com suas atividades. No caso da prática científica atual, qual seria então a visão que lhe alicerça? O próprio Gleiser responde: "Sendo uma fiel herdeira do monismo grego, a ciência também almeja atingir um estado de perfeição racional, embora seja claro para os seus praticantes que a verdadeira perfeição é uma abstração impossível de ser atingida."


[6]Conforme o exposto por Gleiser, cai por terra a idéia de que a Ciência lida com conhecimento objetivo – ela também é afetada por pressupostos e preconceitos humanos. Se fossem adotados outros pressupostos, a direção das pesquisas feitas e os próprios resultados seriam drasticamente outros. O polêmico Michael Behe sentencia: "...O compromisso filosófico de alguns indivíduos com o princípio de que nada existe além da natureza não deve ter permissão de interferir em uma teoria que flui naturalmente de dados científicos observáveis. Os direitos dessas pessoas de evitar uma conclusão sobrenatural devem ser escrupulosamente respeitados, mas tampouco se deve admitir que sua aversão ao transcendente tenha o caráter de decisão final."


[7]De forma contrassensual, a reportagem de Veja vai introduzindo questionamentos que lembram os que o DI costuma levantar: "Que forças calibraram o ritmo de expansão do Big Bang para que a Terra se acomodasse justamente na terceira órbita desse sol generoso e estável? Ninguém sabe ao certo."


[8] É pura e simplesmente uma questão de cegueira voluntária deixar de reconhecer que dificilmente nosso planeta teria se estabelecido em sua localização atual por força de um acaso bem sucedido! Tal idéia é um desafio a qualquer lógica.Na verdade, a reportagem não apresenta nada de novo, apenas repisa velhos preconceitos em nome de uma ótica tendenciosa, talvez porque polemizar ainda seja mais vendável do que apresentar responsável e imparcialmente os dois lados de um dos debates mais atuais que testemunhamos.


[1] Queremos deixar claro que não cremos em uma controvérsia natural entre Ciência e Religião, embora a mídia secular fomente a questão, alimentando uma chama fictícia. Há vários tipos de concepções religiosas, assim como várias acepções de ciência, o que a própria história do desenvolvimento e prática científica demonstra fartamente. O embate está entre as visões propostas pelo naturalismo científico e o cristianismo bíblico.

[2] Claro que entre o criacionismo e o DI há divergências; grosso modo, podem ser conciliados, como de fato alguns apologetas, cientistas e filósofos cristãos têm feito há décadas.

[3] Rafael Corrêa, “No início era…”, publicado na revista Veja, edição 2066, ano 41, nº 25, 25 de junho de 2008.

[4]Idem, p. 77.

[5] Marcelo Gleiser, O Fim da Terra e do Céu: o apocalipse na ciência e na religião (São Paulo, SP: Companhia das Letras, 2001), p. 11.

[6] Idem, p.33. O filósofo Francis Bacon, séculos antes, fizera declaração muito próxima à de Gleiser: “As ciências que possuímos provieram em sua maior parte dos gregos. O que os escritores romanos, árabes ou os mais recentes acrescentaram não é de monta nem de muita importância; de qualquer modo está fundado sobre a base do que foi alimentado pelos gregos.” Coleção “Os pensadores - Francis Bacon: Novum Organum ou verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza”(São Paulo, SP: Abril S.A. Cultural e Industrial, 1974), 2ª edição, p.40, axioma LXXI.[7] Michael Behe, A Caixa Preta de Darwin (Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar editora1997), p.253.[8] Corrêa, p. 79.


(Douglas Reis, Questão de Confiança)


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Deus...Existe??? desde quando ?



PERGUNTA Um amigo ateu me perguntou de onde Deus surgiu para depois criar o mundo. Gostaria de saber com referências bíblicas.

RESPOSTA: Prezada D., algum tempo atrás escrevi um artigo intitulado “A Terra dos Planos” (ele está aí, logo abaixo). Nele, argumento que há certas questões que devemos aceitar pela fé (veja Hebreus 11:1). Tentar sondar as realidades divinas com nossa mente finita, é como tentar medir estrelas com fita métrica. O matemático austríaco Kurt Gödel já havia demonstrado que nenhum sistema de pensamento, mesmo científico, pode ser legitimado por qualquer coisa dentro do próprio sistema.
Faz-se necessário sair de dentro do sistema e contemplá-lo de uma perspectiva mais ampla e diferente a fim de avaliá-lo, coisa que nenhum ser humano pode fazer, já que faz parte, está imerso nesse sistema.
Assim, algumas perguntas se impõem: Como se pode sair de um sistema para uma estrutura de referência mais ampla quando o próprio sistema se arroga abranger toda a realidade? O que acontece quando atingimos as margens do Universo? O que há além? Se houvesse uma estrutura de referência mais ampla a partir de onde julgá-lo (talvez Deus), então o próprio sistema não seria todo-abrangente, como o materialismo científico muitas vezes alega.
Somos seres finitos, limitados; mal compreendemos assuntos como a física quântica, por exemplo, e temos a pretensão de compreender como é o Criador... A Bíblia revela o suficiente sobre Deus para ser apreendido pelos seres humanos. Leia o artigo abaixo e tire suas conclusões.
A Terra dos Planos Imagine um país estranho onde todos são perfeitamente planos. Chamemo-lo de Terra dos Planos.* Alguns de seus habitantes são quadrados, outros, triângulos, alguns possuem formas mais complexas. Correm para dentro e para fora de suas construções planas, ocupados com seus afazeres e brincadeiras planos. Todos na Terra dos Planos têm largura e comprimento, mas não altura. Sabem sobre esquerda e direita, para frente e para trás, mas nenhuma idéia, ou remota compreensão, sobre em cima e embaixo.
Toda criatura quadrada na Terra dos Planos vê outro quadrado meramente como um pequeno segmento de reta, o lado do quadrado mais próximo dela. Ela pode ver o outro lado do quadrado somente se caminhar um pouco. Mas o interior do quadrado é sempre misterioso.
Um dia, um ser tridimensional (digamos, uma esfera) chega à Terra dos Planos e anda a esmo por lá. Procurando companhia, entra na casa plana de certo quadrado e, num gesto de amizade interdimensional, diz: “Olá! Sou um visitante da terceira dimensão.” O infeliz quadrado olha a sua volta e não vê ninguém. Talvez ele esteja realmente muito cansado e precisando de umas férias. A esfera resolve, então, descer à Terra dos Planos. Mas um ser tridimensional pode existir somente em parte na Terra dos Planos; pode ser visto dele somente um corte, somente o ponto de contato com a superfície plana daquela terra.
À medida em que a esfera desce, o quadrado vê um ponto aparecendo no quarto fechado de seu mundo bidimensional e lentamente crescer, transformando-se em círculo. Um ser estranho que, para o quadrado, surgiu de algum lugar. Se a esfera resolvesse erguer o quadrado, o que aconteceria? O quadrado não conseguiria entender nada: seria algo totalmente fora de sua experiência.
Muitas vezes nos assemelhamos ao quadrado bidimensional desta alegoria. Ignoramos – deliberada ou inconscientemente – aquilo que não podemos ver ou tocar. E é normal que resistamos à realidade de nossa limitação física, intelectual e espiritual. Quantas vezes já não nos perguntamos: Como é Deus? Como Ele pode ser eterno, sem fim nem começo? Como a Divindade pode ser três Pessoas? Por que Deus criou Lúcifer se já sabia que ele iria se rebelar? Mas é justamente nesses momentos que precisamos aceitar o que disse Moisés: “Há coisas que não sabemos, e elas pertencem ao Eterno, o nosso Deus; mas o que Ele revelou ... é para nós e para os nossos descendentes.” Deut. 29:29 BLH. Na verdade, “pode ser inofensivo pesquisar além do que a Palavra de Deus revelou, se nossas teorias não contradizem fatos encontrados nas Escrituras”. – Patriarcas e Profetas, pág. 39.
O problema reside em dedicarmos mais tempo às especulações do que a leitura da Bíblia, daquilo que está claramente revelado. Precisamos aceitar que Deus é infinito (“multidimensional”), e que uma das maiores “dificuldades” com as quais Ele se depara é a tentativa de Se revelar a nós, seres humanos finitos.
“Os mais poderosos intelectos da Terra não podem compreender a Deus. Se de fato Ele Se revela aos homens, é envolvendo-Se em mistério. Seus caminhos estão fora da possibilidade de serem descobertos.” – Mensagens Escolhidas, vol. III, pág. 306. No entanto, nas palavras de Víctor Hugo, “Deus é o invisível evidente”. Cristo (semelhança da Bíblia), sem dúvida, foi o grande milagre da revelação. Jesus Se “esvaziou” (Filip. 2:7), tornou-se “plano” para revelar o Deus multidimensional à s criaturas dimensionalmente limitadas deste mundo. Sua vida e ensinamentos são a maior e mais completa revelação do infinito; e são o suficiente para nos garantir a vida eterna e o acesso futuro às realidades que “os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram”. I Cor. 2:9. “O céu e o Céu dos céus” não podem conter a Deus (II Crôn. 2:6; 6:18).
Ele é infinitamente maior do que tudo que podemos imaginar. Nossos conceitos humanos, nossas leis científicas e conjecturas não se aplicam às realidades divinas. Aceitemos, pois, aquilo que nosso maravilhoso e Todo-Poderoso Deus achou por bem revelar (suficiente para termos um vislumbre de Seu imensurável amor), e aguardemos ansiosos aquele dia bem-aventurado da volta de Cristo.
Aí, sim, habitando uma Terra recriada e libertos das maiores limitações humanas – o pecado e a mortalidade – seremos capazes de vislumbrar dimensões até então inimagináveis e poderemos obter respostas às nossas mais profundas inquietações – com o próprio Criador do Universo!
Mas não se esqueça: primeiro é preciso chegar lá.

Perguntas e Respostas

O CIRCO

“Eu gostaria de saber se um adventista pode ir ao circo, seria esse um local apropriado para nós jovens adventistas?” Marcelo Queiroz.

Prezado Marcelo, a tua pergunta é muito interessante porque hoje a magia e o ilusionismo estão em quase todas as formas de diversões, especialmente na televisão. Todavia, o circo é um local de diversão onde se busca a alegria e a felicidade momentânea. O circo também é um lugar onde se “cultua” a magia e o ilusionismo, e os mesmos se tornam o “remédio”, ou o paliativo para as tristezas diárias de muitos. Entretanto, quero enumerar três razões pelas qual um cristão jamais deveria ir a um circo:

1 – A nossa alegria e felicidade genuínas não são encontradas, necessariamente em um lugar, ou nas “artes” daquele lugar.
A nossa felicidade e alegria está em vivermos na presença de Jesus cada dia. O Salmista diz: “Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na Tua destra, delicias perpetuamente. (Sal. 16:11). O prazer circense é algo efêmero, fugaz. O Circo vende uma falsa felicidade e uma alegria passageira. Se você quiser ser verdadeiramente feliz ande na presença de Deus cada dia; através da oração pessoal, da leitura diária da Bíblia e testemunhe acerca de Jesus. Na presença de Deus “há plenitude de alegria”; não é qualquer tipo de alegria, é um sentimento divino que enche o nosso vazio existencial, e só Jesus pode fazer isso.

2 – Não podemos cultuar o ilusionismo, a magia ou chamadas “artes” circenses tais como: O trapézio o atirador de facas ou o homem que engole fogo etc.
Deus através do apóstolo são Paulo condenou as “artes” mágicas dos habitantes de Éfeso, tanto de judeus como de gregos, (Atos 19:19), tanto o ilusionismo como a magia são contrafações malignas aos verdadeiros milagres de Deus. Veja o que diz Ellen G. White sobre este episódio: “... Foi por praticarem artes mágicas, e por meio delas, que havia especialmente ofendido a Deus e posto em perigo sua alma; e foi contra as artes mágicas que mostraram tal indignação...” Vidas Que Falam – MM – 1971; pág.343.

3 – O Circo é no mínimo um lugar de diversão duvidosa. Assim sendo, não vá e nem incentive ninguém a ir.
“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” (I Cor. 10:31). A Palavra de Deus diz: ”...fazei tudo para a glória de Deus.” Sinceramente falando eu não consigo conceber a idéia de que um cristão estaria glorificando a Deus em um circo. O grande objetivo do circo é o riso e a alegria momentâneas, custe o que custar; ainda que seja frívolo ou ridicularizado. Ellen G. White é precisa em seu conselho em relação ao circo: “Todo jovem que costuma assistir a essas exibições [teatro] se corromperá em seus princípios”. Não há em nosso país [EUA] influência mais poderosa para envenenar a imaginação, destruir as impressões religiosas e tirar o gosto pelos prazeres tranqüilos e as realidades sóbrias da vida, que as diversões teatrais...

...O amor a essas cenas aumenta a cada condescendência, assim como o desejo das bebidas alcoólicas se fortalece com seu uso. “O único caminho seguro é abster-nos de ir ao teatro, ao circo e a qualquer outro lugar de diversão duvidosa.” Mensagens Aos Jovens. pág.380.
Meu amigo Marcelo, definitivamente o circo não um lugar seguro para os jovens adventistas que amam a Jesus e querem vê-lo voltando ainda em nossa geração, e ainda em nossos dias. Que o Espírito de Deus, possa iluminar a sua mente e a de todos os jovens que tiverem dúvidas em relação a esse assunto. Ande diariamente na presença de Jesus e você será um vencedor cada dia!


Um abraço fraternal,
Clezivaldo Mizael
Líder Geral do Projeto Missão Gideonitas 7.0
União dos Palmares - Alagoas