segunda-feira, 21 de abril de 2008

Seita Mórmons obriga jovens a fazer sexo.


Centenas de jovens meninas, resgatadas do complexo de uma seita que pratica a poligamia no Texas, eram obrigadas a se casar e a manter relações sexuais com homens adultos, segundo documentos oficiais divulgados [no dia 8]. Meninas de 13 anos eram "espiritualmente casadas" e forçadas a manter relações "com o propósito de ter filhos", segundo uma investigadora dos Serviços de Família e Proteção do Departamento do Texas. Várias meninas grávidas ou que haviam dado à luz recentemente foram descobertas no complexo da seita mórmon, evacuado desde sexta-feira após a denúncia feita por uma jovem de 16 anos que diz ter sido vítima de abuso sexual e físico, e que havia dado à luz um filho de seu marido de 50 anos em um Estado onde por lei é proibido o casamento de meninas menores de 16 anos.

"Existe um padrão dominante, uma prática de doutrinar e desposar meninas menores que aceitam casamentos espirituais com membros adultos da fazenda YFZ (Yearn For Zion) e que acabam sendo abusadas sexualmente", afirmou o investigador Lynn McFadden à Justiça. "Da mesma forma, meninos menores que moravam na fazenda YFZ, depois de se tornarem adultos, são espiritualmente casados com meninas e se iniciam em relações sexuais com elas, e como resultado eles se transformam em agressores sexuais", continuou."Esses padrões e práticas se aplicam sobre as crianças da fazenda YFZ, tanto homens como mulheres, que correm risco de abuso emocional, físico e/ou sexual", concluiu McFadden.Cerca de 400 crianças foram retiradas desde sexta-feira da fazenda, localizada a sudoeste de Dallas (Texas), coordenada pelo líder da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (FLDS, na sigla em inglês, corrente fundamentalista mórmon).As crianças estão agora sob custódia das autoridades estaduais em San Angelo, junto com 130 mulheres, em sua maioria mães, que abandonaram o lugar.



(Terra)Nota: Embora a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias atualmente não aceite a prática da poligamia e do "casamento espiritual", é bom lembrar que no passado as coisas não foram assim. O próprio fundador do mormonismo, Joseph Smith, teve dezenas de mulheres. É fato que a Bíblia apresenta os patriarcas como tendo mais de uma mulher e alguns reis de Israel mantendo haréns com centenas de esposas. Mas isso não significa que Deus aprovasse a prática. Muito pelo contrário, no Gênesis, vemos o Senhor criando uma mulher para um homem. E no Novo Testamento, lemos que uma das qualificações para o bom líder cristão é ser marido fiel de uma mulher. Usar a Bíblia ou a religião para dar rédeas soltas à devassidão é algo triste e que lança sombras sobre o verdadeiro cristianismo. [MB]